sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

2024 – Prognósticos só no final do Jogo

Às vezes temos a tendência para fazer projectos, planos, traçar novos ou velhos objectivos para o novo ano que há de vir, neste caso que já chegou, e comer as doze passas e fazer desejos e esperar assim que a vida nos corra de feição, desejando sempre que esse novo ano seja melhor do que o anterior e desejando, ou tendo a fé que esse ano é que vai ser, que se vai mudar, que se vai conseguir, que se vai ser melhor e etc., etc. etc.!

Ora acontece que nem sempre entramos no novo ano com o pé direito (no meu caso nem me convém que sou canhoto) acontece que às vezes, por força das circunstâncias somos obrigados a adaptarmo-nos, a traçar novos rumos, a alterar projectos, abandoná-los ou deixá-los em banho maria enquanto tentamos resolver outros problemas ou avançamos noutras frentes tentando saltar por cima dos obstáculos que a vida nos vai pondo no caminho. Às vezes o vento vem e muda tudo, muda de rumo, de sentido e de um dia para o outro toda a nossa vida muda, tudo acaba ou tudo começa e aquilo que acreditávamos ser verdade deixa de ser e outras coisas que nem sequer sabíamos que existiam aparecem de frente para nós.

Tem-me acontecido que estes últimos anos, as passagens que na realidade englobam todo o período de festas, não fosse o Solstício de Inverno e verdadeira passagem de ano o inicio das festividades que se prolongam pelo pagão Natal (também ele sobre esse tal fim de ciclo e novo nascimento do Sol e recomeço do crescer dos dias, adaptado posteriormente pelo cristianismo e mais recentemente pelo capitalismo Coca-Cola) têm vindo a ser pontuadas, desde o Nascimento do meu filho Elias a 24 de Dezembro de 2020 de acontecimentos estranhos e, por vezes, difíceis de digerir criando uma forte dualidade entre a alegria desse nascimento e a dor e dureza das provas a superar, e, sem me querer alongar sobre estes aspectos, diria que esta novo começo de volta ao Sol apresentou-se já com todas as características que me deixam, cada vez mais, à mercê dessas tempestades solares.

Nisto, e contudo, não quero portanto queixar-me da minha sorte ou destino, quero, simplesmente marcar um ponto vista sobre a espera ou a impossibilidade que me tem sido de avançar com alguns dos meus projectos, mesmo das minhas crónicas e de que, este ano, por mais sonhos e projectos que possa ter em mente tentarei nada projectar e aceitarei a sorte daquilo que o destino me traçar, dar-me-ei aos ventos e às tempestades e deixar-me-ei levar pelos ares para onde tiver que ir, como uma folha caduca, deixar-me-ei ir com a corrente em vez de tentar combatê-la, direi, “Seja o que Deus quiser” e que venha a mim o que é para mim, o que é meu e o que tiver que vir, ou não estaremos todos aqui para aprender a abdicar, a deixar ir, a apreender a humildade e o quanto ínfimos somos no meio de todo este Universo?, e de que vale a travessia em mar calmo, não é das tempestades que superámos que falamos quando finalmente chegamos a bom porto?

Este é simplesmente o meu voto para 2024, que eu tenha a sorte e a força de aguentar todas as provas que o Universo me dedicar e que possa ter a humildade suficiente para abdicar do meu Eu, do meu Ego em prol dos meus filhos e do melhor para eles e, conseguindo cumprir isto, cumprir-me-ei por consequente a mim também.

No entanto e por mais incongruente que possa parecer, sei, que tendo todos nós a centelha divina dentro, somos todos nós deuses em potência, pertencendo ao todo e com a capacidade de criar a nossa própria realidade, e assim sendo, acabo através dos meus pensamentos por emitir ondas (como se a minha cabeça de uma antena se tratasse) que viajarão no Universo profundo e que reflectem os meus mais obscuros desejos voltando a mim como que um boomerang transformando a minha própria realidade, (é por isso que é preciso manter o pensamento positivo por mais difícil que seja, e eu sei do que falo que sou e sempre fui um neurótico, e acreditar sempre na luz ao fundo do túnel por mais escuro e longo que este seja sendo que já existem vários estudos científicos sobre os benefícios do pensamento positivo: ver por exemplo as experiências do japonês Masaro Emoto neste caso ligadas aos benefícios das palavras/som/onda sobre a água e nunca nos esquecendo que somos feitos a mais de 70% desse elemento) e assim, nesta onda, acabo por desejar primeiramente saúde, para mim, para os meus e para todos, seguido de abundância para que nada falta neste mundo, está tudo simplesmente muito mal dividido e por fim, alegria, felicidade paz e amor com a consciência que todos os desejos poderão ser realizados, basta acreditar.

Concluindo 2023 e como diria o João Pinto do Porto, esse mítico guru do futebol moderno:

 “Prognósticos? Prognósticos, só no final do Jogo”

 

Saudações astrais para todos e boa volta ao Sol.

 




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