Às vezes temos a tendência
para fazer projectos, planos, traçar novos ou velhos objectivos para o novo ano
que há de vir, neste caso que já chegou, e comer as doze passas e fazer desejos
e esperar assim que a vida nos corra de feição, desejando sempre que esse novo
ano seja melhor do que o anterior e desejando, ou tendo a fé que esse ano é que
vai ser, que se vai mudar, que se vai conseguir, que se vai ser melhor e etc.,
etc. etc.!
Ora acontece que
nem sempre entramos no novo ano com o pé direito (no meu caso nem me convém que
sou canhoto) acontece que às vezes, por força das circunstâncias somos
obrigados a adaptarmo-nos, a traçar novos rumos, a alterar projectos, abandoná-los
ou deixá-los em banho maria enquanto tentamos resolver outros problemas ou
avançamos noutras frentes tentando saltar por cima dos obstáculos que a vida
nos vai pondo no caminho.
Tem-me acontecido
que estes últimos anos, as passagens que na realidade englobam todo o período de
festas, não fosse o Solstício de Inverno e verdadeira passagem de ano o inicio
das festividades que se prolongam pelo pagão Natal (também ele sobre esse tal
fim de ciclo e novo nascimento do Sol e recomeço do crescer dos dias, adaptado
posteriormente pelo cristianismo e mais recentemente pelo capitalismo Coca-Cola)
têm vindo a ser pontuadas, desde o Nascimento do meu filho Elias a 24 de
Dezembro de 2020 de acontecimentos estranhos e, por vezes, difíceis de digerir criando
uma forte dualidade entre a alegria desse nascimento e a dor e dureza das provas
a superar, e, sem me querer alongar sobre estes aspectos, diria que esta novo
começo de volta ao Sol apresentou-se já com todas as características que me
deixam, cada vez mais, à mercê dessas tempestades solares.
Nisto, e contudo,
não quero portanto queixar-me da minha sorte ou destino, quero, simplesmente
marcar um ponto vista sobre a espera ou a impossibilidade que me tem sido de avançar
com alguns dos meus projectos, mesmo das minhas crónicas e de que, este ano,
por mais sonhos e projectos que possa ter em mente tentarei nada projectar e
aceitarei a sorte daquilo que o destino me traçar, dar-me-ei aos ventos e às
tempestades e deixar-me-ei levar pelos ares para onde tiver que ir, como uma
folha caduca, deixar-me-ei ir com a corrente em vez de tentar combatê-la,
direi, “Seja o que Deus quiser” e que venha a mim o que é para mim, o que é meu
e o que tiver que vir, ou não estaremos todos aqui para aprender a abdicar, a
deixar ir, a apreender a humildade e o quanto ínfimos somos no meio de todo
este Universo?, e de que vale a travessia em mar calmo, não é das tempestades
que superámos que falamos quando finalmente chegamos a bom porto?
Este é simplesmente
o meu voto para 2024, que eu tenha a sorte e a força de aguentar todas as
provas que o Universo me dedicar e que possa ter a humildade suficiente para
abdicar do meu Eu, do meu Ego em prol dos meus filhos e do melhor para eles e, conseguindo
cumprir isto, cumprir-me-ei por consequente a mim também.
No entanto e por
mais incongruente que possa parecer, sei, que tendo todos nós a centelha divina
dentro, somos todos nós deuses em potência, pertencendo ao todo e com a
capacidade de criar a nossa própria realidade, e assim sendo, acabo através dos
meus pensamentos por emitir ondas (como se a minha cabeça de uma antena se
tratasse) que viajarão no Universo profundo e que reflectem os meus mais
obscuros desejos voltando a mim como que um boomerang transformando a minha própria
realidade, (é por isso que é preciso manter o pensamento positivo por mais difícil
que seja, e eu sei do que falo que sou e sempre fui um neurótico, e acreditar
sempre na luz ao fundo do túnel por mais escuro e longo que este seja sendo que
já existem vários estudos científicos sobre os benefícios do pensamento
positivo: ver por exemplo as experiências do japonês Masaro Emoto neste caso
ligadas aos benefícios das palavras/som/onda sobre a água e nunca nos
esquecendo que somos feitos a mais de 70% desse elemento) e assim, nesta onda, acabo
por desejar primeiramente saúde, para mim, para os meus e para todos, seguido
de abundância para que nada falta neste mundo, está tudo simplesmente muito mal
dividido e por fim, alegria, felicidade paz e amor com a consciência que todos
os desejos poderão ser realizados, basta acreditar.
Concluindo 2023 e
como diria o João Pinto do Porto, esse mítico guru do futebol moderno:
“Prognósticos? Prognósticos, só no final do
Jogo”
Saudações astrais
para todos e boa volta ao Sol.